Blame
e8d6a4 | Nuno Oliveira | 2025-03-01 19:16:15 | 1 | --- |
2 | title: Biogás |
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3 | author: |
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4 | - Linda Carvalho Cosendey |
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5 | date: 2024-02-28 |
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6 | tags: #utilidades |
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7 | --- |
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4cb35e | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:18:02 | 8 | |
e8d6a4 | Nuno Oliveira | 2025-03-01 19:16:15 | 9 | # Biogás |
83ac24 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:20:16 | 10 | |
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 11 | ## 1. Introdução |
4cb35e | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:18:02 | 12 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 13 | O biogás é uma fonte de energia renovável que tem se destacado como |
14 | alternativa sustentável para geração de eletricidade, calor e |
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15 | substituição de combustíveis fósseis. Seu processo de obtenção ocorre |
|||
16 | por meio da digestão anaeróbia de matéria orgânica, resultando em um gás |
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17 | composto majoritariamente por metano e dióxido de carbono. Com uma gama |
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18 | diversificada de aplicações, o biogás pode ser utilizado na cogeração de |
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19 | energia, no setor industrial e até mesmo no abastecimento veicular, |
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20 | reduzindo impactos ambientais e promovendo maior eficiência no uso de |
|||
21 | resíduos. |
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22 | ||||
23 | Além de seu potencial energético, a produção e utilização do biogás |
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24 | estão alinhadas com estratégias globais de sustentabilidade, |
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25 | contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e |
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26 | para a valorização de resíduos orgânicos. No entanto, apesar de seus |
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27 | benefícios, desafios técnicos e econômicos ainda precisam ser superados |
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28 | para viabilizar sua adoção em larga escala. Questões como armazenamento, |
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29 | transporte, purificação e controle de emissões precisam ser geridas |
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30 | adequadamente para garantir a segurança e eficiência do processo. |
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31 | ||||
32 | Dessa forma, este relatório busca apresentar os principais aspectos do |
|||
33 | biogás, abordando sua história, características, processos de produção, |
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34 | aplicações industriais e limitações. O objetivo é fornecer uma visão |
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35 | abrangente sobre seu potencial como recurso energético, destacando tanto |
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36 | suas vantagens quanto os desafios que precisam ser superados para sua |
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37 | consolidação como fonte viável e sustentável. |
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bde5f7 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:18:35 | 38 | |
d9c1b7 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:28:14 | 39 | |
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 40 | ## 2. História |
d9c1b7 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:28:14 | 41 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 42 | A produção de biogás é conhecida há séculos, mas sua utilização como |
43 | fonte de energia ganhou destaque apenas nas últimas décadas. Registros |
|||
44 | indicam que na Índia e na China o biogás já era utilizado para |
|||
45 | saneamento básico e geração de energia muito antes da crise do petróleo. |
|||
46 | No Ocidente, no entanto, só teve sua relevância reconhecida após as |
|||
47 | crises energéticas do século XX, quando fontes alternativas passaram a |
|||
48 | ser mais exploradas [^1]. |
|||
49 | ||||
50 | Inicialmente, o biogás era visto apenas como um subproduto da |
|||
51 | decomposição anaeróbia de resíduos orgânicos, sendo sua produção |
|||
52 | associada ao tratamento de efluentes. A principal motivação era reduzir |
|||
53 | a carga orgânica desses efluentes, mitigando impactos ambientais. |
|||
54 | Entretanto, com a ratificação do Protocolo de Kyoto e a implementação de |
|||
55 | mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), além do aumento nos custos |
|||
56 | dos combustíveis convencionais, a geração de biogás passou a ser |
|||
57 | reconhecida como uma alternativa energeticamente eficiente e |
|||
58 | ambientalmente viável [^2]. |
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59 | ||||
60 | O desenvolvimento tecnológico permitiu avanços na produção e no |
|||
61 | aproveitamento do biogás, tornando-o uma fonte versátil. Ao longo das |
|||
62 | últimas décadas, consolidou-se como uma solução para reduzir as emissões |
|||
63 | de gases de efeito estufa e promover a transição energética para fontes |
|||
64 | mais sustentáveis [^3]. Sua produção está diretamente alinhada com os |
|||
65 | Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, contribuindo para |
|||
66 | um futuro mais equilibrado ao permitir a gestão adequada de resíduos e a |
|||
67 | eficiência na utilização de recursos naturais [^4]. |
|||
68 | ||||
69 | Dessa forma, o biogás emerge como uma alternativa promissora, não apenas |
|||
70 | como fonte renovável de energia, mas também como solução ambiental para |
|||
71 | a gestão de resíduos, destacando-se como uma tecnologia chave para um |
|||
72 | desenvolvimento mais sustentável. |
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d9c1b7 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:28:14 | 73 | |
97e9ed | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:35:57 | 74 | |
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 75 | ## 3. Características |
97e9ed | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:35:57 | 76 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 77 | O próprio nome "bio”gás remete à sua origem biológica. Trata-se de um |
78 | gás gerado pela decomposição de matéria orgânica em ambientes sem |
|||
79 | oxigênio, um processo conhecido como digestão anaeróbia. Esse fenômeno |
|||
80 | ocorre naturalmente em locais como pântanos, lagoas, esterqueiras e no |
|||
81 | trato digestivo de animais ruminantes. Durante essa decomposição, a |
|||
82 | matéria orgânica é convertida em um gás composto principalmente por |
|||
83 | metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), além de pequenas quantidades de |
|||
84 | hidrogênio (H2), sulfeto de hidrogênio (H2S), nitrogênio (N2), oxigênio |
|||
85 | (O2), amônia (NH3) e vapor d'água (H2O) [^5]. |
|||
86 | ||||
87 | A composição exata do biogás depende dos materiais utilizados no |
|||
88 | processo e das condições em que ocorre a fermentação. O teor de metano |
|||
89 | pode variar entre 50% e 75%, sendo esse o principal componente |
|||
90 | responsável pelo poder energético do gás. Já o dióxido de carbono, que |
|||
91 | pode corresponder a até 50% da mistura, não possui propriedades |
|||
92 | combustíveis, e sua remoção melhora a eficiência energética do biogás. |
|||
93 | Por outro lado, o sulfeto de hidrogênio deve ser removido, pois sua |
|||
94 | presença pode ser corrosiva e prejudicial aos equipamentos [^5] [^6]. |
|||
95 | ||||
96 | A obtenção do biogás pode ser feita a partir de diversas biomassas, como |
|||
97 | resíduos agroindustriais, dejetos de animais, resíduos urbanos e |
|||
98 | subprodutos de processos industriais que envolvem matéria orgânica. Além |
|||
99 | de gerar energia, a digestão anaeróbia contribui para a gestão |
|||
100 | sustentável de resíduos, reduzindo seu acúmulo e minimizando impactos |
|||
101 | ambientais. Outro benefício do processo é a produção de |
|||
102 | biofertilizantes, que são ricos em nutrientes e podem ser aproveitados |
|||
103 | na agricultura [^7]. |
|||
104 | ||||
105 | A composição do biogás pode ser melhor compreendida por meio da Tabela |
|||
106 | 1, que apresenta as concentrações típicas dos seus principais |
|||
107 | componentes e suas características químicas [^7] [^8]. |
|||
be273a | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:01:11 | 108 | |
8acb28 | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:09:08 | 109 | _**Tabela 1.** Composição do biogás_ |
3c9e60 | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:13:53 | 110 | |
111 | | Gás | Símbolo | Concentração no biogás (%) | |
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112 | | -------- | ----------------- | -------- | |
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113 | | Metano | CH4 | 50-80 | |
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114 | | Dióxido de carbono | CO2 | 20-40 | |
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115 | | Hidrogênio | H2 | 1-3 | |
|||
116 | | Nitrogênio | N2 | 0,5-3 | |
|||
117 | | Gás sulfídrico e outros | H2S . CO . NH3 | 1-5 | |
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fb2f3a | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:39:33 | 118 | |
d3b668 | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:17:26 | 119 | Fonte: Coldebella, 2006 [^7]; Zanette, 2009 [^8]. |
120 | ||||
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 121 | |
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 122 | ## 4. Processos de produção |
d3b668 | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:17:26 | 123 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 124 | A degradação microbiológica de resíduos orgânicos em um ambiente sem |
125 | oxigênio molecular resulta na produção de biogás e ocorre em quatro |
|||
126 | fases distintas. Cada fase envolve grupos fisiológicos específicos de |
|||
127 | bactérias do domínio Archaea (anaeróbios). Inicialmente, as bactérias |
|||
128 | fermentativas atuam nas etapas de hidrólise e acidogênese. Em seguida, |
|||
129 | as bactérias acetogênicas são responsáveis pela acetogênese. Por fim, as |
|||
130 | bactérias metanogênicas realizam a metanogênese, resultando na formação |
|||
131 | do biogás [^6]. |
|||
d3b668 | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:17:26 | 132 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 133 | A Figura 1 ilustra o esquema geral do processo de produção de biogás, |
134 | que será detalhado a seguir. |
|||
d91e6a | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:23:25 | 135 | |
a429c6 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:24:35 | 136 |  |
d91e6a | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:23:25 | 137 | |
138 | _**Figura 1.** Esquema de produção de biogás_ |
|||
748cea | Linda Carvalho | 2025-02-28 11:16:01 | 139 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 140 | Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de: Rocha e Mendes, 2024 [^6]; |
141 | Rohstoffe, 2010 [^5]. |
|||
34f98f | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:37:24 | 142 | |
143 | ||||
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 144 | ### 4.1 Hidrólise |
34f98f | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:37:24 | 145 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 146 | A etapa de hidrólise é o primeiro estágio da degradação anaeróbia de |
147 | resíduos orgânicos e envolve a quebra de macromoléculas em compostos |
|||
148 | menores e solúveis, facilitando sua absorção pelas bactérias. Nesse |
|||
149 | processo, as bactérias fermentativas hidrolíticas secretam enzimas |
|||
150 | extracelulares, conhecidas como hidrolases, que atuam sobre biopolímeros |
|||
151 | complexos, como polissacarídeos, proteínas, ácidos nucleicos e gorduras. |
|||
152 | Os polissacarídeos são convertidos em açúcares solúveis, como |
|||
153 | monossacarídeos e dissacarídeos; as proteínas são degradadas em |
|||
154 | peptídeos e, posteriormente, em aminoácidos; enquanto os lipídios são |
|||
155 | transformados em ácidos graxos de cadeia longa (C15 a C17) e glicerol |
|||
156 | [^9]. |
|||
34f98f | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:37:24 | 157 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 158 | ### 4.2 Acidogênese |
34f98f | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:37:24 | 159 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 160 | Na fase de acidogênese, as bactérias fermentativas acidogênicas |
161 | convertem os materiais solúveis provenientes da hidrólise em ácidos |
|||
162 | gordos voláteis, como os ácidos acético, propiônico e butírico. Além |
|||
163 | disso, nesse processo ocorrem a produção de dióxido de carbono e |
|||
164 | hidrogênio, bem como a formação de pequenas quantidades de ácido lático |
|||
165 | e álcoois. A composição dos compostos sintetizados nessa etapa varia de |
|||
166 | acordo com a concentração de hidrogênio intermediário presente no meio |
|||
167 | [^5]. |
|||
34f98f | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:37:24 | 168 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 169 | ### 4.3 Acetogênese |
0ba9a2 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:40:38 | 170 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 171 | A etapa de acetogênese é responsável pela conversão dos compostos |
172 | formados nas fases anteriores em substâncias que possam ser utilizadas |
|||
173 | pelas bactérias metanogênicas. Nessa fase, ocorre predominantemente a |
|||
174 | desidrogenação dos ácidos gordos voláteis, resultando na formação de |
|||
175 | acetato, além da liberação de hidrogênio e dióxido de carbono. Contudo, |
|||
176 | as bactérias acetogênicas são sensíveis a elevadas concentrações de |
|||
177 | hidrogênio, sendo essencial que as bactérias metanogênicas consumam esse |
|||
178 | gás para manter o equilíbrio do processo. Além disso, o hidrogênio e o |
|||
179 | dióxido de carbono gerados podem reagir entre si, originando mais ácido |
|||
180 | acético, que também servirá como substrato para a produção final de |
|||
181 | biogás [^10] [^6]. |
|||
0ba9a2 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:40:38 | 182 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 183 | ### 4.4 Metanogênese |
0ba9a2 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:40:38 | 184 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 185 | Na etapa final da produção de biogás, ocorre a formação de metano pelas |
186 | bactérias metanogênicas. Esses microrganismos anaeróbios convertem o |
|||
187 | hidrogênio, o dióxido de carbono e o ácido acético em metano e dióxido |
|||
188 | de carbono. No entanto, são extremamente sensíveis a variações |
|||
189 | ambientais, como temperatura e pH. As bactérias responsáveis pela |
|||
190 | produção de biogás são predominantemente mesofílicas, funcionando bem em |
|||
191 | temperaturas entre 35 e 45ºC. Alterações bruscas na temperatura podem |
|||
192 | comprometer sua sobrevivência, resultando em uma redução significativa |
|||
193 | na produção de biogás [^11]. |
|||
194 | ||||
195 | ||||
196 | De forma geral, as quatro fases da decomposição anaeróbia acontecem |
|||
197 | simultaneamente dentro de um sistema de um único estágio. No entanto, |
|||
198 | como cada grupo de bactérias possui condições ambientais específicas, |
|||
199 | como preferências de pH e temperatura, é necessário encontrar um |
|||
200 | equilíbrio adequado na tecnologia utilizada para otimizar o processo e |
|||
201 | garantir sua eficiência [^5]. |
|||
202 | ||||
203 | Para ilustrar visualmente os conceitos abordados sobre a produção e |
|||
204 | utilização do biogás, recomenda-se assistir o vídeo "A Journey into |
|||
205 | Biogases". O recurso apresenta, de forma objetiva, o processo de geração |
|||
206 | do biogás e algumas de suas aplicações práticas. Ele está disponível em: |
|||
207 | [^12]. |
|||
208 | ||||
209 | ||||
210 | ## 5. Aplicações industriais |
|||
211 | ||||
212 | O biogás possui um significativo potencial energético e pode ser |
|||
213 | utilizado como alternativa a diversas fontes convencionais de energia. A |
|||
214 | eficiência de sua conversão em eletricidade e calor depende da |
|||
215 | composição do biogás, especialmente do teor de metano, que influencia |
|||
216 | diretamente seu poder calorífico. Em condições normais de pressão e |
|||
217 | temperatura, o metano puro possui um poder calorífico inferior (PCI) de |
|||
218 | aproximadamente 9,9 kWh/m³. No entanto, em condições típicas de |
|||
219 | produção, devido à variação na composição do biogás, com teores de |
|||
220 | metano entre 50% e 80%, seu PCI pode oscilar entre 4,95 e 7,92 kWh/m³. |
|||
221 | Isso afeta sua equivalência energética com outros combustíveis e sua |
|||
222 | aplicabilidade em diferentes processos industriais [^13]. |
|||
223 | ||||
224 | A tabela 2 abaixo apresenta a equivalência energética do biogás em |
|||
225 | relação a diferentes fontes de energia, conforme valores estimados por |
|||
226 | diversos autores. Esses valores indicam a quantidade de biogás |
|||
227 | necessária para fornecer a mesma quantidade de energia que uma unidade |
|||
228 | de cada combustível listado. A interpretação desses dados é essencial |
|||
229 | para avaliar o potencial do biogás como substituto de combustíveis |
|||
230 | convencionais. |
|||
231 | ||||
232 | _**Tabela 2.** Equivalência energética do biogás comparado a outras |
|||
233 | fontes de energias_ |
|||
1fff71 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:51:59 | 234 | |
b74746 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:22:24 | 235 | | Energético |Ferraz (1980)[^1]|Sganzerla (1983)[^18]|Nogueira (1986)[^19]|Santos (2000)[^14]| |
236 | | -------- | ----------------| -------- | -------- | -------- | |
|||
237 | | Gasolina (L) | 0,61 | 0,613 | 0,61 | 0,6 | |
|||
238 | | Querosene (L) | 0,58 | 0,579 | 0,62 | - | |
|||
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 239 | | Diesel (L) | 0,55 | 0,553 | 0,55 | 0,6 | |
b74746 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:22:24 | 240 | | GLP (kg) | 0,45 | 0,454 | 1,43 | - | |
241 | | Álcool (L) | - | 0,79 | 0,80 | - | |
|||
242 | | Carvão mineral (kg)| - | 0,735 | 0,74 | - | |
|||
243 | | Lenha (kg) | - | 1,538 | 3,5 | 1,6 | |
|||
244 | | Eletricidade (kWh) | 1,43 | 1,428 | - | 6,5 | |
|||
1fff71 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:51:59 | 245 | |
28dfee | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:58:18 | 246 | Fonte: Muncinelli, 2019 [^13]. |
1fff71 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:51:59 | 247 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 248 | Por exemplo, segundo Ferraz et al, em 1980 [^1], um litro de gasolina |
249 | equivale a aproximadamente 0,61 m³ de biogás, o que significa que essa |
|||
250 | quantidade de biogás seria necessária para gerar a mesma energia contida |
|||
251 | em um litro de gasolina. Para o diesel, os valores são semelhantes, |
|||
252 | variando entre 0,55 e 0,6 m³ de biogás conforme diferentes fontes. Isso |
|||
253 | demonstra que o biogás pode ser uma alternativa viável para a |
|||
254 | substituição desses combustíveis fósseis em aplicações industriais e de |
|||
255 | transporte. |
|||
256 | ||||
257 | Outro ponto relevante é a equivalência com a eletricidade. Ferraz et al |
|||
258 | [^1] indicam que 1,43 m³ de biogás podem gerar 1 kWh de eletricidade, |
|||
259 | enquanto Santos [^14], em 2000, apresenta um valor consideravelmente |
|||
260 | maior, de 6,5 m³ por kWh. Essa discrepância pode ser atribuída a |
|||
261 | diferenças na eficiência dos sistemas de conversão utilizados nos |
|||
262 | estudos, bem como à variação na composição do biogás, especialmente em |
|||
263 | relação ao teor de metano. |
|||
264 | ||||
265 | Além disso, a Tabela 2 também compara o biogás com outros combustíveis |
|||
266 | como gás liquefeito de petróleo, querosene, carvão, lenha e álcool, |
|||
267 | reforçando seu potencial como fonte energética versátil. Esses dados são |
|||
268 | fundamentais para embasar a aplicação do biogás em diversas áreas, como |
|||
269 | substituição do diesel e do gás natural veicular em veículos, seu uso no |
|||
270 | lugar do gás liquefeito de petróleo em processos industriais e a geração |
|||
271 | combinada de energia elétrica e térmica. |
|||
272 | ||||
273 | A seguir, serão exploradas essas aplicações, seus processos necessários |
|||
274 | e os impactos na sustentabilidade, de acordo com Muncinelli (2019) |
|||
275 | [^13]. |
|||
1fff71 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:51:59 | 276 | |
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 277 | ### 5.1 Aplicação do biogás como alternativa de substituição ao diesel |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 278 | |
279 | Após passar por etapas de purificação e compressão, o biogás pode |
|||
280 | representar uma alternativa viável ao óleo diesel, cuja origem está em |
|||
281 | recursos não renováveis. Para que seja utilizado em motores |
|||
282 | originalmente projetados para diesel, o biogás deve passar por um |
|||
283 | processo industrial específico. Esse processo inclui diversas fases, que |
|||
284 | são apresentadas no diagrama da Figura 2 a seguir. |
|||
1fff71 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:51:59 | 285 | |
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 286 |  |
1fff71 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:51:59 | 287 | |
28dfee | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:58:18 | 288 | _**Figura 2.** Aplicação do biogás como alternativa de substituição ao diesel_ |
748cea | Linda Carvalho | 2025-02-28 11:16:01 | 289 | |
28dfee | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:58:18 | 290 | Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de: Muncinelli, 2019 [^13]. |
d91e6a | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:23:25 | 291 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 292 | A substituição do diesel pelo biogás não é completa e exige modificações |
293 | nos motores para que possam operar de forma bicombustível, combinando |
|||
294 | diesel e metano. Nessa configuração, a proporção da mistura pode variar, |
|||
295 | com o diesel representando entre 40% e 100% do total, enquanto o metano |
|||
296 | pode compor de 0% a 60%. No entanto, uma quantidade mínima de diesel |
|||
297 | será sempre necessária para garantir o funcionamento adequado do motor. |
|||
d3b668 | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:17:26 | 298 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 299 | Além da economia no consumo de combustível, essa conversão traz |
300 | benefícios ambientais e reduz a dependência do diesel, o que pode ser |
|||
301 | estratégico diante de eventuais oscilações no seu fornecimento. |
|||
d3b668 | Linda Carvalho | 2025-02-27 17:17:26 | 302 | |
87a5e3 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:00:42 | 303 | Segundo a reportagem “Energia limpa: biogás pode ser alternativa ao diesel” disponível em [^15], a utilização do biogás como alternativa ao diesel poderia substituir até 70% do diesel consumido por ônibus e caminhões no Brasil, reduzindo significativamente os custos operacionais com combustível. |
97e9ed | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:35:57 | 304 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 305 | ### 5.2 Aplicação do biogás como alternativa de substituição ao gás |
306 | natural veicular (GNV) |
|||
307 | ||||
308 | O biogás, após ser devidamente tratado, também pode ser empregado como |
|||
309 | combustível em veículos originalmente abastecidos com gás natural |
|||
310 | veicular (GNV). Para viabilizar essa substituição, é necessário |
|||
311 | submetê-lo a processos semelhantes para obtenção de diesel, conforme |
|||
312 | Figura 3. |
|||
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 313 | |
314 |  |
|||
315 | ||||
316 | _**Figura 3.** Aplicação do biogás como alternativa de substituição ao GNV_ |
|||
748cea | Linda Carvalho | 2025-02-28 11:16:01 | 317 | |
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 318 | Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de: Muncinelli, 2019 [^13]. |
319 | ||||
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 320 | Vale destacar que, diferente da substituição do diesel, a troca do GNV |
321 | pelo metano ocorre de maneira direta e completa, exigindo apenas ajustes |
|||
322 | simples na configuração dos motores para garantir sua compatibilidade e |
|||
323 | desempenho adequado. |
|||
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 324 | |
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 325 | ### 5.3 Aplicação do biogás como alternativa de substituição ao gás liquefeito do petróleo (GLP) |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 326 | |
327 | O biogás representa uma alternativa sustentável ao GLP, pois, quando |
|||
328 | tratado para remover impurezas e contendo pelo menos 50% de metano, pode |
|||
329 | ser empregado em sistemas que utilizam GLP com pequenas adaptações nos |
|||
330 | queimadores. O que é indicado na Figura 4. |
|||
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 331 | |
332 |  |
|||
333 | ||||
334 | _**Figura 4.** Aplicação do biogás como alternativa de substituição ao GLP_ |
|||
748cea | Linda Carvalho | 2025-02-28 11:16:01 | 335 | |
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 336 | Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de: Muncinelli, 2019 [^13]. |
337 | ||||
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 338 | ### 5.4 Aplicação do biogás como alternativa de geração de energia combinada elétrica e calorífica |
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 339 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 340 | Após passar pelo processo de purificação, o biogás pode ser utilizado |
341 | como combustível na geração simultânea de eletricidade e calor em |
|||
342 | motores do ciclo Otto projetados especificamente para sua combustão. |
|||
343 | Esses motogeradores são desenvolvidos para operar com a explosão do |
|||
344 | biogás, garantindo um aproveitamento eficiente dessa fonte de energia. O |
|||
345 | procedimento pode ser observado na Figura 5. |
|||
346 | ||||
347 |  |
|||
e2c883 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:03:07 | 349 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 350 | _**Figura 5.** Aplicação do biogás como alternativa de geração de |
351 | energia combinada elétrica e calorífica_ |
|||
748cea | Linda Carvalho | 2025-02-28 11:16:01 | 352 | |
b74746 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:22:24 | 353 | Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de: Muncinelli, 2019 [^13]. |
354 | ||||
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 355 | Os sistemas de cogeração, conhecidos como “Combined Heat and Power” |
356 | (CHP), permitem a produção simultânea de eletricidade e calor a partir |
|||
357 | do biogás. Motores do ciclo Otto adaptados para esse combustível possuem |
|||
358 | um gerador que permite converter o torque do motor em energia elétrica |
|||
359 | de forma contínua. Além disso, o calor gerado no processo pode ser |
|||
360 | reaproveitado em aplicações industriais ou na própria planta de biogás, |
|||
361 | otimizando o uso da energia e aumentando a eficiência do sistema. |
|||
362 | ||||
363 | Nesse sentido, o biogás demonstra ser uma fonte de energia versátil e |
|||
364 | eficiente, com aplicações que vão desde a substituição de combustíveis |
|||
365 | fósseis, como diesel, GNV e GLP, até a geração combinada de eletricidade |
|||
366 | e calor. É importante relembrar que sua viabilidade depende da |
|||
367 | composição e do tratamento adequado, garantindo, assim, sua |
|||
368 | compatibilidade com diferentes sistemas energéticos. Além das aplicações |
|||
369 | abordadas, outras possibilidades podem ser exploradas conforme avanços |
|||
370 | tecnológicos e necessidades industriais, ampliando ainda mais o seu |
|||
371 | impacto na transição para fontes energéticas mais sustentáveis. |
|||
b74746 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:22:24 | 372 | |
373 | ||||
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 374 | ## 6. Limitações |
b74746 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:22:24 | 375 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 376 | Apesar do seu grande potencial energético e da sua contribuição para a |
377 | transição para fontes renováveis, o biogás enfrenta desafios técnicos e |
|||
378 | econômicos que devem ser considerados para que sua implementação seja |
|||
379 | eficaz. A seguir, serão discutidos esses desafios e possíveis soluções |
|||
380 | para viabilizar o aproveitamento sustentável do biogás. |
|||
381 | ||||
382 | ### Problemas de armazenagem, transporte e utilização |
|||
383 | ||||
384 | O armazenamento, transporte e utilização do biogás apresentam desafios |
|||
385 | que devem ser geridos para garantir segurança e eficiência. No |
|||
386 | armazenamento, é essencial considerar a presença de H₂S, que é corrosivo |
|||
387 | e tóxico, além de equilibrar volume e pressão para otimizar espaço e |
|||
388 | operação segura [^16]. No transporte, o controle da temperatura é |
|||
389 | crucial para evitar riscos e perdas [^2]. Já na utilização, é necessário |
|||
390 | garantir um fornecimento estável e seguro para aplicações como geração |
|||
391 | de eletricidade, aquecimento e uso como combustível, evitando variações |
|||
392 | de pressão ou composição que possam comprometer o desempenho dos |
|||
393 | sistemas [^5]. |
|||
394 | ||||
395 | ### Fumos de combustão com poluentes (SOx, NOx e CO) |
|||
396 | ||||
397 | A combustão do biogás gera poluentes atmosféricos, como óxidos de |
|||
398 | enxofre (SOₓ), óxidos de nitrogênio (NOx) e monóxido de carbono (CO). Os |
|||
399 | SOₓ resultam da presença de sulfeto de hidrogênio no biogás e podem |
|||
400 | contribuir para a chuva ácida. Os NOₓ formam-se a partir do nitrogênio |
|||
401 | do ar durante a combustão em altas temperaturas, sendo responsáveis pelo |
|||
402 | smog fotoquímico. Já o CO é gerado quando a queima do metano é |
|||
403 | incompleta, podendo ser tóxico em concentrações elevadas. Para mitigar |
|||
404 | essas emissões, é essencial purificar o biogás antes da combustão, |
|||
405 | otimizar a eficiência da queima e controlar a relação ar-combustível |
|||
406 | [^2]. |
|||
407 | ||||
408 | ### Necessidade de tecnologia para limpeza/purificação |
|||
409 | ||||
410 | A purificação do biogás é um requisito essencial para viabilizar seu uso |
|||
411 | eficiente e seguro pelos consumidores. Como sua composição varia |
|||
412 | conforme a matéria-prima utilizada e o processo de produção adotado, é |
|||
413 | necessário empregar tecnologias de limpeza para remover impurezas e |
|||
414 | componentes indesejáveis. Embora existam métodos físico-químicos |
|||
415 | consolidados para esse fim, a otimização desses processos continua sendo |
|||
416 | um desafio na cadeia de suprimento do biogás, reforçando a necessidade |
|||
417 | de aprimoramento tecnológico para garantir um combustível de qualidade |
|||
418 | [^3]. |
|||
419 | ||||
420 | ### Elevado investimento econômico |
|||
421 | ||||
422 | A geração de biogás requer um investimento inicial elevado, |
|||
423 | principalmente devido ao alto custo dos equipamentos e da infraestrutura |
|||
424 | necessária para sua produção [^17]. Além disso, os custos operacionais |
|||
425 | também são significativos, abrangendo a manutenção dos sistemas, a |
|||
426 | purificação do gás e a sua distribuição. Esses custos devem ser |
|||
427 | compensados por receitas adequadas, o que torna essencial um ambiente |
|||
428 | regulatório favorável, com políticas e incentivos que garantam a |
|||
429 | viabilidade econômica do setor [^3]. |
|||
430 | ||||
431 | ### Riscos de explosão quando misturado com ar/oxigênio |
|||
432 | ||||
433 | A introdução controlada de pequenas quantidades de oxigênio (2-6%) no |
|||
434 | sistema de biogás, utilizando um compressor, é uma técnica eficaz para |
|||
435 | reduzir a concentração de sulfeto de hidrogênio. Esse processo resulta |
|||
436 | na formação de enxofre e água, permitindo uma purificação mais eficiente |
|||
437 | do biogás sem necessidade de produtos químicos ou equipamentos |
|||
438 | complexos, além de ser uma solução de baixo custo. No entanto, é |
|||
439 | fundamental monitorar a quantidade de ar adicionada, pois o biogás pode |
|||
440 | se tornar explosivo quando a mistura atinge uma faixa de 6-12%, |
|||
441 | dependendo do teor de metano presente. Para evitar riscos, é recomendado |
|||
442 | manter a concentração de metano fora da faixa de 5-15% (em volume) e a |
|||
443 | concentração de oxigênio abaixo de 15% [^6]. |
|||
88edf6 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:34:52 | 444 | |
d9c1b7 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:28:14 | 445 | |
ca8219 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:24:44 | 446 | ## 7. Referências |
d9c1b7 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:28:14 | 447 | |
92b4e9 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:58:55 | 448 | [^1]: **FERRAZ, José Maria Gusmann, et al.** [_Biogás: fonte alternativa de energia._](https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/476075) Circular Técnica n°3 - Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo, 1980. |
88edf6 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:34:52 | 449 | |
439808 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:56:51 | 450 | [^2]: **SALOMON, Karina Riberio.** [_Avaliação técnico-econômica e ambiental da utilização do biogás proveniente da biodigestão da vinhaça em tecnologias para geração de eletricidade._](chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://cetesb.sp.gov.br/aguas-subterraneas/wp-content/uploads/sites/3/2014/01/salomon.pdf) Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2007. |
88edf6 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:34:52 | 451 | |
439808 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:56:51 | 452 | [^3]: **DE SOUZA, José.** [_Os desafios do setor do biogás e a sua importância para o meio ambiente, a economia e a sociedade._](https://www.researchgate.net/profile/Jose-Souza-8/publication/358841692_Os_desafios_do_setor_do_biogas_e_a_sua_importancia_para_o_meio_ambiente_a_economia_e_a_sociedade/links/63173eee61e4553b956d5955/Os-desafios-do-setor-do-biogas-e-a-sua-importancia-para-o-meio-ambiente-a-economia-e-a-sociedade.pdf) Sociedade, Tecnologia e meio ambiente: avanços, retrocessos e novas perspectivas - volume 2., Editora Científica Digital, 2022. p. 454-465. |
ff4cc9 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:30:15 | 453 | |
439808 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:56:51 | 454 | [^4]: **FERREIRA, G. L.; MASETTO ANTUNES, S. R.; FERREIRA DE SOUZA, E. C.** [_Biogás: análise dos pontos positivos e negativos e sua contribuição para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)._](https://sbpe.org.br/index.php/rbe/article/view/832/577) Revista Brasileira de Energia, 2024, 29.4. |
d9c1b7 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:28:14 | 455 | |
439808 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:56:51 | 456 | [^5]: **ROHSTOFFE, F. N.** [_Guia prático do biogás: geração e utilização._](chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://antigo.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/probiogas/guia-pratico-do-biogas.pdf) Ministério da Nutrição, Agricultura e Defesa do Consumidor da Alemanha, 2010, 30-31. |
fb2f3a | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:39:33 | 457 | |
c98b87 | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:42:13 | 458 | [^6]: **ROCHA, Jorge; MENDES, Joana.** _Biogás._ Universidade de Coimbra. 2024. [Apresentação para aula de Energia e Biocombustíveis.](https://drive.google.com/file/d/1CyIECyHjJKyvOb7pEEwupXGya5XUs9CA/view?usp=drive_link) 33 slides. Acesso em: 21 fev. 2025. |
fb2f3a | Linda Carvalho | 2025-02-27 16:39:33 | 459 | |
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 460 | [^7]: **COLDEBELLA, A.** [_Viabilidade do uso do biogás da bovinocultura e suinocultura para geração de energia elétrica e irrigação em propriedades rurais._](https://tede.unioeste.br/handle/tede/2841) Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2006. |
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34f98f | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:37:24 | 462 | |
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|||
464 | ||||
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|||
466 | ||||
0282ff | Nuno Oliveira | 2025-03-01 21:05:30 | 467 | [^11]: **PRATI, Lisandro.** [_Geração de energia elétrica a partir do biogás gerado por biodigestores._](chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.eletrica.ufpr.br/p/arquivostccs/148.pdf) Universidade Federal do Paraná - Curitiba, 2010. |
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0ba9a2 | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:40:38 | 470 | |
471 | [^13]: **MUNCINELLI, Gianfranco.** [_Substituição do diesel por biogás - Análise de viabilidade da aplicação de energia._](chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.paranacooperativo.coop.br/images/unidades/pr/comunicacao/2019/revista_tecnico_cientifico/rev_N20_tecnico_cientifico.pdf) Paraná Cooperativo - Desenvolvimento econômico e social, 2019. |
|||
28dfee | Linda Carvalho | 2025-02-27 18:58:18 | 472 | |
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87a5e3 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:00:42 | 474 | |
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|||
b74746 | Linda Carvalho | 2025-02-27 19:22:24 | 476 | |
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|||
478 | ||||
479 | [^17]: **MOÇO, Eunice Alexandra dos Santos.** [_Projeto de uma unidade produtora de biogás._](https://www.researchgate.net/profile/Suani-Coelho/publication/228452829_A_conversao_da_fonte_renovavel_biogas_em_energia/links/54d4bfdf0cf2970e4e639342/A-conversao-da-fonte-renovavel-biogas-em-energia.pdf) Dissertação - Instituto Politécnico de Tomar, 2012. |
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480 | ||||
481 | [^18]: **SGANZERLA, E.** _Biodigestor: uma solução._ Porto Alegre: Agropecuária, 1983. |
|||
482 | ||||
483 | [^19]: **NOGUEIRA, L. A. H.** _Biodigestão: A alternativa energética._ São Paulo: Nobel, 1986. |