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2025-03-11 15:58:17 Francisca Ferreira: -/-
/dev/null .. Utilidades industriais/Equipamentos/Coletores Solares.md
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+ # Coletores Solares
+
+ # Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
+ ## Departamento de Engenharia Química
+ ### Mestrado em Engenharia Química
+
+ ---
+
+ # Tarefa 1
+ ## Intensificação e Integração de Processos
+
+ **Professor Nuno Oliveira**
+
+ ---
+
+ **Cristiana Magalhães – 2018274278**
+ **Maria Inês Gonçalves – 2018276319**
+
+ ---
+
+ **Coimbra, abril 2022**
+
+ <logo>Universidade de Coimbra<logo>
+ <hr><hr>
+ # Índice
+
+ - Introdução ................................................................................................................. 1
+ - Seleção do Tipo de Coletor ...................................................................................... 1
+ - Tipos de ligação entre coletores ............................................................................... 2
+ - Ligações em série .................................................................................................. 2
+ - Ligações em paralelo ............................................................................................ 3
+ - Ligação Mista ....................................................................................................... 3
+ - Panorama Nacional .................................................................................................. 4
+ - Bibliografia .............................................................................................................. 6
+
+ <page_number>i<page_number>
+ <hr><hr>
+ # Introdução
+
+ Um sistema solar térmico resulta da junção de vários componentes, sendo o principal o coletor solar. O coletor solar tem como função converter a radiação solar captada em energia térmica.
+
+ Este equipamento é constituído por uma caixa externa com uma cobertura de vidro. Dentro dessa caixa existe uma superfície absorvedora metálica de radiação e tubos, onde circula o fluido térmico. A superfície absorvedora deve ter uma tonalidade escura para que a absorção da radiação seja otimizada e a parcela refletida seja a menor possível.
+
+ Os raios solares entram na caixa, através da cobertura de vidro, onde são absorvidos pela superfície absorvedora metálica. Para além disso, o vidro cria um efeito de estufa dentro da caixa que aumenta a absorção de calor. Todo o calor proveniente da radiação é absorvido e transportado pelo fluido térmico até ao reservatório térmico.[1]
+
+ Posto isto, existem diversos tipos de tecnologias relativamente aos coletores solares, tais como:[2]
+
+ - Coletores de placa plana;
+ - Coletores com concentrador parabólico;
+ - Coletores a tubos a vácuo;
+ - Coletores a ar;
+
+ ---
+
+ # Seleção do Tipo de Coletor
+
+ Na escolha do coletor deve-se ter em conta o tipo de aplicação que se pretende e o seu desempenho. Para isso, deve-se considerar os seguintes aspetos:
+
+ - A superfície bruta do coletor a que correspondem as dimensões exteriores;
+ - A área da superfície de abertura, que é a área através da qual a radiação solar passa;
+ - A área de captação, que corresponde à área da placa absorvedora.[1]
+
+ <page_number>1</page_number>
+ <hr><hr>
+ Além dos fatores mencionados acima, a seleção de um tipo de coletor depende, também, da gama de temperaturas do processo ou do tipo de instalação, como se pode ver na Tabela 1.
+
+ ### Tabela 1 - Tipo de coletor para cada tipo de instalação e a sua temperatura de utilização [3]
+
+ <table>
+ <thead>
+ <tr>
+ <th>Tipo de instalação</th>
+ <th>Temperatura de utilização</th>
+ <th>Tipo de coletor</th>
+ </tr>
+ </thead>
+ <tbody>
+ <tr>
+ <td>Piscinas/Estufas</td>
+ <td>&lt; 30°C</td>
+ <td>
+ Plano sem cobertura<br>
+ Plano (preto baço)<br>
+ Plano (seletivo)
+ </td>
+ </tr>
+ <tr>
+ <td>Águas sanitárias e pré-aquecimento industrial</td>
+ <td>&lt; 60°C</td>
+ <td>
+ Plano (preto baço)<br>
+ Plano (seletivo)<br>
+ CPC (Baixa concentração)
+ </td>
+ </tr>
+ <tr>
+ <td>Pré-aquecimento industrial</td>
+ <td>&gt; 60°C</td>
+ <td>
+ CPC (Baixa concentração)<br>
+ CPC (Alta concentração)<br>
+ Tubos de vácuo<br>
+ Outros concentradores
+ </td>
+ </tr>
+ </tbody>
+ </table>
+
+ ---
+
+ ## Tipos de ligação entre coletores
+
+ Por vezes, torna-se complicado colocar apenas um coletor solar nas instalações solares térmicas que consiga cumprir os requisitos necessários da instalação, e por isso mesmo, existe a necessidade de ligar os coletores entre si, de forma a garantir baixas potências de bombeamento e uma produção uniforme de calor por todos os coletores. Como tal, existem diferentes tipos de ligações entre coletores, como ligações em série, paralelo e misto [4], [5].
+
+ ---
+
+ ## Ligações em série
+
+ A ligação em série dos coletores baseia-se em conectar a saída da fonte quente do primeiro coletor à entrada da fonte fria do segundo coletor e assim sucessivamente (Figura 1), acabando por passar todo o fluido de transferência de calor por todos os coletores [4]. No entanto, este tipo de ligação tem um nível de rendimento baixo, uma vez que ele vai diminuindo à medida que atravessa os coletores e apresenta um número limitado de coletores possíveis de montar em série. Dada a simplicidade do processo, a instalação é simples e tem poucos custos [5].
+
+ <page_number>2</page_number>
+ <hr><hr>
+ # Ligações em Série e Paralelo de Coletores
+
+ ![Figura 1 - Ligação em série de coletores](<logo>Figura 1<logo>)
+
+ ## Ligações em Paralelo
+
+ No caso das ligações em paralelo dos coletores, uma parte do fluido de transferência de calor passa por cada coletor, funcionando de forma independente[^4]. Como se vê na Figura 2, existem diferentes linhas, as linhas de admissão e as linhas de escoamento comum, sendo que cada coletor apresenta as duas.
+
+ Neste tipo de ligação, a linha de admissão deve ser feita de forma invertida para reduzir as perdas térmicas e atingir um equilíbrio hidráulico. Assim, as ligações em paralelo dos coletores apresentam:
+ - Um bom rendimento térmico,
+ - Uma perda de carga baixa,
+ - Um número ilimitado de coletores que se podem instalar.
+
+ No entanto, apresentam maiores custos do que o tipo de ligação em série[^5].
+
+ ![Figura 2 - Ligação em paralelo de coletores](<logo>Figura 2<logo>)
+
+ ## Ligação Mista
+
+ Por fim, o tipo de ligação mista caracteriza-se como a junção de ligações em paralelo e série entre coletores (Figura 3). A ligação mista é o tipo de ligação recomendado nos casos em que as instalações requerem necessidades mais elevadas, como por exemplo, ser de grandes dimensões e assim tornar a distribuição do fluido de transferência de calor o mais uniforme possível[^4][^5].
+
+ <page_number>3</page_number>
+ <hr><hr>
+ ### Panorama Nacional
+
+ Portugal é um país privilegiado, no que toca às condições atmosféricas, tendo um número de horas de exposição e radiação solar por ano bastante propício à utilização de sistemas solares térmicos, como se pode observar na Figura 4.
+
+ ![Figura 3 - Ligação mista de coletores](<logo>Figura 3<logo>)
+
+ #### Figura 4 - Distribuição das horas de sol e da radiação em Portugal, respectivamente [3]
+
+ Nos últimos anos, a instalação de sistemas solares térmicos de baixa temperatura tem vindo a aumentar devido a todos os fatores referidos anteriormente e também, devido a alguns incentivos financeiros dados pelo governo, como por exemplo nos anos de 2009 e 2010.
+
+ <page_number>4<page_number>
+ <hr><hr>
+ A nível industrial, com a realização da Auditoria Energética e com a elaboração dos Planos de Racionalização de Energia, foi possível verificar que é viável a utilização de energia térmica com períodos de amortização aceitáveis. Estas centrais térmicas podem suprir até 35% das necessidades de energia térmica, tendo assim um retorno do investimento ao fim de 8 anos.
+
+ Por exemplo, quando é necessária a acumulação de água a 60ºC verifica-se que um sistema solar térmico para o pré-aquecimento desta água reduz os custos operacionais e assim, consegue-se aumentar a competitividade entre empresas [6].
+
+ <page_number>5</page_number>
+ <hr><hr>
+ # Bibliografia
+
+ [1] RIBEIRO, Vítor Bruno Marques - DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES SOLARES TÉRMICAS EM EDIFÍCIOS Projeto e análise de viabilidade económica. Porto. 2014. Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
+
+ [2] Utilização de Coletores Solares para a Produção de Calor de Processo Industrial. DGGE/IP-AQSpP ed. Lisboa, 2004. ISBN 9728268300. Disponível em: [http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/AQSindustria.pdf](http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/AQSindustria.pdf)
+
+ [3] Góis, José, Apontamentos Instalações e Equipamentos Industriais, Departamento de Engenharia Química, Universidade de Coimbra, Ano Letivo 2020/2021.
+
+ [4] Master Plumbers and Mechanical Services Association of Australia (MPMSAA) and Sustainability Victoria (SV), 2009, Large Scale Solar Thermal Systems Design Handbook.
+
+ [5] SILVA, Miguel Martins da – Execução de um projeto solar térmico para uma instalação de A.Q.S. da Escola Básica Guilherme Stephens. Lisboa. 2012. Dissertação apresentada ao Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
+
+ [6] SOLAR TÉRMICO. UMA OPORTUNIDADE PARA PORTUGAL. Disponível em: [https://www.iep.pt/solar-termico-uma-oportunidade-para-portugal/](https://www.iep.pt/solar-termico-uma-oportunidade-para-portugal/). Consultado a 2/04/2022.
+
+ <page_number>6</page_number>
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