Commit 387386

2025-03-13 11:44:41 Leonardo Sobral: Deleted Gestão de resíduos provenientes de turbinas eólicas.md
Utilidades industriais/Gest\303\243o de res\303\255duos/Gest\303\243o de res\303\255duos provenientes de turbinas e\303\263licas.md .. /dev/null
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- > **Gestão de resíduos provenientes das turbinas eólicas**
-
- **IIP - Tarefa 1**
-
- > Rui Fonseca Vasco Alves
-
- Abril, 2022
-
- > **Conteúdo**
-
- +-----------------------+-----------------------+-----------------------+
- | **1** | > **Origem das | **2** |
- | | > turbinas eólicas** | |
- | | | > **3**\ |
- | | | > 3\ |
- | | | > 4\ |
- | | | > 5\ |
- | | | > 8\ |
- | | | > 8\ |
- | | | > 9 |
- | | | |
- | | | **10** |
- +=======================+=======================+=======================+
- | **2** | > **Gestão de | |
- | | > Resíduos** | |
- | | > | |
- | | > 2.1 Introdução . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . | |
- | | > | |
- | | > 2.2 Soluções | |
- | | > existentes . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . | |
- | | > | |
- | | > 2.2.1 Reutilização | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . | |
- | | > | |
- | | > 2.2.2 Reciclagem . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > | |
- | | > 2.2.3 | |
- | | > Reaproveitamento na | |
- | | > indústria | |
- | | > cimenteira . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > | |
- | | > 2.2.4 Pirólise . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . . . . . . . . . . | |
- | | > . | |
- +-----------------------+-----------------------+-----------------------+
- | > **Referências** | | |
- +-----------------------+-----------------------+-----------------------+
-
- 1
-
- > Na secção Turbinas Eólicas da WikiDEQ sugerimos a inserção de uma
- > parte introdutória histórica das turbinas eólicas e uma nova secção da
- > gestão dos resíduos provenientes das turbinas.
- >
- > **1 Origem das turbinas eólicas**
- >
- > Desde os tempos do antigo Egito (5000 a.C.) que a energia do vento era
- > aproveitada para a navegação de barcos e pequenas navegações no rio
- > Nilo. No século VII a força do vento já era usada para moer milho e
- > para bombear água no atual Afeganistão \[1\].
- >
- > Em 1887, foi construída a primeira turbina eólica para a produção de
- > energia elétrica na Escócia. A invenção foi do Professor James Blyth
- > da Universidade de Strathclyde, e a turbina serviu para fornecer
- > eletricidade à sua casa de campo \[2\].
-
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-
- Figura 1: Primeira turbina construída \[2\].
-
- > Atualmente a energia eólica é vista como alternativa à queima de
- > combustíveis fósseis, uma vez que é uma tecnologia não emissora de
- > gases de efeito de estufa. Atualmente, o número de eólicas a nível
- > mundial permite a produção de 743 GW de energia elétrica, evitando
- > assim a emissão de 1.1 mil milhões de toneladas de CO2 \[3\].
-
- 2
-
- > **2 Gestão de Resíduos**
- >
- > **2.1 Introdução**
- >
- > O tempo de vida de uma turbina eólica ronda os 20 -- 25 anos, após
- > este período é ne-cessária a troca tanto da turbina, como das pás. As
- > turbinas são equipamentos enormes, em média 50 m por pá \[4\]--\[6\],
- > sendo a sua reciclabilidade algo complicada, visto que foram
- > construídas para suportarem grandes tempestades e tornados \[6\].
- >
- > Um estudo da Universidade de Cambridge \[7\], \[8\] em 2017 estimou
- > que em 2050 as pás das turbinas irão contabilizar 43 milhões de
- > toneladas de resíduos em todo o mundo, sendo que 40% desses resíduos
- > pertencerão à China, 25% à Europa, 16% aos Estados Unidos e a
- > percentagem remanescente ao resto do mundo.
- >
- > As turbinas eólicas são constituídas principalmente por cimento, aço,
- > cobre, componentes eletrónicos, madeira de balsa e fibra de vidro.
- >
- > Cerca de 90% da massa corresponde à torre e ao suporte (fundação)
- > necessário \[4\], \[5\], sendo que este é feito de cimento, aço,
- > componentes eletrónicos. Para estes materiasi jáexistem processos de
- > reciclagem suficientemente capazes \[6\], \[9\].
- >
- > A fibra de vidro, madeira de balsa e as resinas são os materiais que
- > constituem as pás e cuja reciclagem é mais difícil.
-
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-
- Figura 2: Composição dos materias de uma turnina eólica \[4\].
-
- > A dificuldade da reciclabilidade das pás das turbinas advém do facto
- > de serem uma aglomeração de fibras de vidro ou de carbono, materiais
- > muito resistentes mas com uma baixa massa, com uma matriz polimérica
- > como é o caso da resina epóxi \[6\].
-
- 3
-
- > Por norma as pás têm que ser cortadas com uma serra de diamante de
- > forma a permitir o seu transporte para, posteriormente, serem
- > colocadas em aterro \[9\], uma vez queé a forma mais barata de
- > resolver o problema. No aterro, dada a sua muito baixa
- > biodegradabilidade, a sua presença no solo vai ser eterna.
- >
- > A perigosidade das pás não é o problema da sua deposição em aterro. De
- > facto as pás são inertes, mas o facto de serem materiais utilizados
- > nas indústrias da aviação, automóvel, transporte marítimo,
- > aeronáutica, de equipamento desportivo e construção \[10\], faz com
- > que sejam materiais de valor acrescentado e uma excelente matéria
- > prima.
-
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-
- Figura 3: Deposição em aterro das pás de turbinas eólicas \[5\].
-
- > Devido à grande dimensão das turbinas e das pás, o transporte destas é
- > complicado, são necessários vários camiões e maquinarias para o
- > transporte das turbinas e para a sua remoção da turbina do local. O
- > que promove a utilização de energias de origem fóssil, e o aumento dos
- > custos associados à produção de energia elétrica \[6\].
- >
- > Uma vez que se trata de uma energia verde, a sua implementação é cada
- > vez mais recorrente, e sendo que existem poucas soluções eficazes para
- > o tratamento dos resíduos, a sua taxa de acumulação em aterro vai ser
- > cada vez maior \[11\], caso não sejam adotadas novas medidas.
- >
- > **2.2 Soluções existentes**
- >
- > Tendo em conta os problemas mencionados na Introdução, novas soluções
- > necessitam de emergir para o tratamento deste resíduo.
- >
- > Na União Europeia, devido às restrições impostas nos materiais que
- > podem ser colocados em aterro, algumas pás são queimadas em *kilns*,
- > porém o aproveitamento energético ébaixo e a queima das fibras de
- > vidro emite poluentes para a atmosfera \[9\]. De momento, já existem
- > propostas para a proibição da deposição das pás das turbinas em aterro
- > na Europa \[10\].
-
- 4
-
- > **2.2.1 Reutilização**
- >
- > Nos casos em que ventoinhas são substituídas por outras com maior
- > capacidade e pro-dução, num processo denominado *repowering*, a venda
- > das turbinas antigas é muitas das vezes solução, pois estas podem ser
- > utilizadas noutros locais, evitando assim a geração de resíduos \[4\].
- >
- > A possibilidade de produzir *pellets* a partir das pás para uso em
- > pavimentos foi desevol-vido pela star-up Global Fiberglass Solutions,
- > tendo já começado a produzir as primeiras amostras no Texas \[9\].
- >
- > O investigador do instituto de tecnologia da Georgia e da Re-Wind,
- > Larry Banks, é da opinião que reutilizar as pás é a melhor solução
- > para tratar o problema do despejo em aterro.
- >
- > O investigador sugere exemplos como \[12\], \[5\]:
- >
- > • Pontes;\
- > • Tetos de habitações;\
- > • Torres telefónicas;\
- > • Cercas;\
- > • Monumentos;\
- > • Locais de armazenamento de bicicletas;
-
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-
- > Figura 4: Exemplo de um projeto de uma ponte de 13 m construída com
- > pás de turbinas eólicas \[12\].
- >
- > O facto de ser bastante barato a colocação em aterro das pás é a razão
- > pela qual ainda não existem mais construções com estes tipos de
- > materiais.
-
- 5
-
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-
- > Figura 5: Exemplo de um projeto de uma ponte de 21 m construída com
- > pás de turbinas eólicas \[12\].
-
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-
- Figura 6: Exemplos de possíveis construções de telhados para habitações.
-
- 6
-
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-
- > Figura 7: Exemplo de uma possível construção de uma cerca através de
- > pás de turbinas eólicas \[12\].
-
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-
- Figura 8: Exemplo de um monomento na Holanda com pás de turbinas eólicas
- \[5\].
-
- 7
-
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-
- > Figura 9: Exemplo de uma construção na Dinamarca de um telheiro feito
- > com pás de turbinas eólicas \[5\].
- >
- > **2.2.2 Reciclagem**
- >
- > A Vestas, uma empresa que fabrica ventoinhas eólicas, desenvolveu uma
- > nova tecnologia que permite separar a resina epóxi das fibras de vidro
- > ou carbono, alcançando assim materiais com as mesmas propriedades dos
- > virgens, o que permite a sua reinserção no fabrico de novas pás \[7\].
- >
- > **2.2.3 Reaproveitamento na indústria cimenteira**
- >
- > *2.2.3.1 Neowa*
- >
- > A empresa Neowa fez parceria com a GE Renewable Energy de forma a
- > permitir a inserção do processado das pás das ventoinhas na produção
- > de cimento, este cimento pode depois ser utilizado no fabrico de
- > edificios ou de torres eólicas novas \[13\], \[14\]. A implementação
- > dos resíduos em pavimentos também está a ser implementada \[13\] e a
- > troca da areias pelos pedaços de turbina também.
- >
- > *2.2.3.2 Veolia*
- >
- > A empresa Veolia, nos EUA, mói (*shred*) as pás para a produção de
- > cimento. A empresaé paga para reciclar as pás do fornecedor General
- > Electric e, posteriormente, paga a uma cimenteira para queimar o
- > preparado obtido como combustível, alegando ser um combustível que
- > emite menos poluentes que o carvão (almejando menos 27% de emissões de
- > CO2) \[13\].
- >
- > As pás são cortadas em secções e só depois é que são moídas
- > grosseiramente e, posteri-ormente, são novamente moídas. Os
- > remanescentes que não atingiram a granulometria
-
- 8
-
- > desejada são, mais uma vez moídos. O material obtido é misturado com
- > resíduos hospi-talares não perigosos, que a empresa também trata.
-
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-
- Figura 10: Esquema do processo da Veolia. Fonte: Autores.
-
- > **2.2.4 Pirólise**
- >
- > A pirólise das pás permite obter fibras e combústivel, porém este
- > processo danifica as fibras de vidro em grande extensão, acabando por
- > ficarem bastante fracas comparativa-mente às novas, e, com isso
- > obtem-se um produto de pouco valor acrecentado.
- >
- > Ryan Ginder encontrou uma nova forma de recuperar as fibras de vidro
- > proveninentes das pás das turbinas, estando estas ainda em boas
- > condições para serem aplicadas em outros materiais \[15\].
- >
- > O processo, assim como a pirólise, consiste em:
- >
- > 1\. Moer as pás;\
- > 2. Colocá-las num reator na ausência de oxigénio a altas temperaturas;
- > 3. As moléculas orgânicas vão se coverter em combustível;
- >
- > No entanto a mistura gasosa que advém do reator é recirculada para a
- > entrada, permi-tindo assim o auto sustento de energia, uma vez que a
- > queima das resinas providencia o calor necessário. Estas mudanças
- > permitem obterém-se fibras de vidro limpas com propriedades bastante
- > parecidas às das fibras virgens.
- >
- > De momento o processo encontra-se à escala piloto, mas nos finais de
- > 2022 estima-se a possíbilidade de arrancar um processo à escala
- > indutrial.
- >
- > O processo suporta os vários tipos de resinas utilizadas na produção
- > das pás. O rendi-mento do processo é bom, sendo que 90% das fibras são
- > recuperadas.
-
- 9
-
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-
- Figura 11: Fibras obtidas após o processo de pirólise proposto .
-
- > As emissões do processo são baixas e o processo é económicamente
- > viável.
- >
- > **Referências**
-
- +-----------------------------------+-----------------------------------+
- | \[1\] | > «History of wind power - U.S. |
- | | > Energy Information Adminisível |
- | \[2\] | > em:. \[Acedid |
- | | > |
- | \[3\] | > Z. Shahan, «History of Wind |
- | | > Turbines»-em:. \[Ac |
- | \[4\] | > |
- | | > «Global Wind Report 202ço de |
- | \[5\] | > 2021. \[Online\]. Disponível |
- | | > em:. \[Acedido: 5 de Abril de |
- | \[6\] | > 2022\] |
- | | > |
- | | > «Scrapped: how does one dispose |
- | | > of |
- | | > |
- | | > *Why Wind Turbines Blades Are |
- | | > So Hard to R*1) \[Online\]. |
- | | > Disponível em: |
- | | > |
- | | > . \[Acedido: 4 de Abril de 202 |
- | | > |
- | | > M. Bates, «Used Wind Turbine |
- | | > Blades Pose a Growing Waste |
- | | > Problem», |
- +===================================+===================================+
- +-----------------------------------+-----------------------------------+
-
- 10
-
- +-----------------------------------+-----------------------------------+
- | \[7\] | > T. Barsoe, «End of wind power |
- | | > waste? Vestas unveils bla, |
- | \[8\] | > |
- | | > P. Liu e C. Y. Barlow, «Wind |
- | \[9\] | > turbine bl*nagement*, vol. 62, |
- | | > pp. 22 . sponível em:. |
- | \[10\] | > \[Acedido: 4 |
- | | > |
- | \[11\] | > «Wind Turbine Blades Can't Be |
- | | > Recycled, So They're Piling U», |
- | \[12\] | > |
- | | > «Wind industry calls for |
- | \[13\] | > Europe-wide ban on landfilling |
- | | > |
- | \[14\] | > B. Williams, «Wind turbine |
- | | > blades are not recyclable and |
- | \[15\] | > rel |
- | | > |
- | | > L. Bank e K. Ruane, «Structural |
- | | > analysis and design with decom |
- | | > |
- | | > «Second Wind: GE And Partners |
- | | > Seek To Recycle Tu, |
- | | > |
- | | > P. Tisheva, «GE Renewable |
- | | > partners with neowa, |
- | | > LafargeHolcim on recycling wind |
- | | > |
- | | > *New Wind Turb*0) \[Online\]. |
- | | > Disponível em:. \[Acedido: 5 de |
- | | > Abril de 20 |
- +===================================+===================================+
- +-----------------------------------+-----------------------------------+
-
- 11
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9